Interior de São Paulo Ganha Novas Plantas de Biometano com Apoio do Governo do Estado
O interior de São Paulo será palco de um importante avanço na área de sustentabilidade e transição energética. O Grupo Orizon, reconhecido nacionalmente pela sua atuação na transformação de resíduos, vai implantar plantas de biometano nos aterros sanitários de Guatapará e Piratininga, localizados nas regiões de Ribeirão Preto e Bauru, respectivamente. Esses projetos fazem parte de uma parceria entre o Grupo Orizon e a Estre Ambiental, empresa responsável pelos aterros, e contam com o apoio da InvestSP e da Agência Metropolitana de Sorocaba (Agem Sorocaba).
Biometano: A Energia Renovável do Futuro
O biometano é uma solução inovadora e 100% renovável, produzida a partir dos resíduos urbanos, como os resíduos sólidos de aterros sanitários. Este combustível tem se destacado como uma alternativa eficaz para apoiar indústrias na busca por suas metas de descarbonização e transição energética, uma tendência crescente no setor industrial global.
A produção de biometano nas unidades de Guatapará e Piratininga será um marco para a economia circular, uma prática que visa reaproveitar resíduos para a produção de energia limpa. A planta de Guatapará, por exemplo, deverá produzir 50 mil m³/dia de biometano, com resíduos de mais de 30 municípios da região. Já a planta de Piratininga terá uma produção de 25 mil m³/dia, atendendo a 25 municípios da região. A expectativa é que, até 2027, esses projetos impulsionem significativamente a produção de biometano em São Paulo.
Parceria e Investimentos
Os dois projetos contam com um investimento estimado de R$ 200 milhões, segundo a InvestSP, e serão viabilizados por meio de um contrato de 20 anos entre as empresas envolvidas. A Bio-E, subsidiária do Grupo Orizon, será responsável pela gestão das plantas de biometano. O biogás gerado nos aterros será vendido à Bio-E, garantindo a continuidade da operação e o fornecimento de biometano às indústrias.
Esses empreendimentos gerarão aproximadamente 100 novos empregos, diretos e indiretos, nas regiões de Guatapará e Piratininga, contribuindo para o desenvolvimento econômico local.
O Papel do Governo no Desenvolvimento do Biometano
A InvestSP, a Agem Sorocaba e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) têm se empenhado ativamente para promover o uso do biometano como fonte de energia no estado. Além dos projetos nos aterros sanitários, o biometano pode também ser produzido a partir de cana-de-açúcar, um dos principais produtos do agronegócio paulista. Esse fator coloca São Paulo na posição de líder em produção e uso de biometano, com potencial para se tornar uma referência mundial na área.
De acordo com Marilia Garcez, diretora de Estratégia e Inteligência da InvestSP, os projetos como o da Orizon são essenciais para descarbonizar o estado e fortalecer a transição energética. Leodir Ribeiro, diretor executivo da Agem Sorocaba, também destaca o papel da agência no apoio à implantação de novas usinas de biometano, que são fundamentais para o desenvolvimento da cadeia de resíduos sólidos urbanos e para o cumprimento das metas de transição energética do estado.
Rumo a uma Economia Mais Circular
O biometano é apenas uma das várias soluções que São Paulo está adotando para avançar na economia circular. A plataforma Conecta Biometano SP, criada recentemente em parceria entre a SDE, a InvestSP e outras entidades, tem como objetivo integrar empresas e órgãos públicos interessados em projetos de transição energética. Isso facilita o acesso a fornecedores e parceiros, acelerando a implementação de tecnologias sustentáveis no estado.
Com o apoio do governo e de parcerias estratégicas, o projeto de biometano no interior paulista é um exemplo de como a colaboração entre empresas e entidades públicas pode resultar em soluções inovadoras que beneficiam tanto o meio ambiente quanto a economia local. O futuro do biometano em São Paulo está só começando, e o estado tem tudo para se tornar um modelo de sustentabilidade e eficiência energética.